domingo, 24 de janeiro de 2016

Não sou analista político.

Enquanto preparava um belo rolo de carne, sem certezas ainda do orifício onde o iria enfiar, a televisão cá de casa esteve ligada.

Percebi que Marcelo tinha ganho. Tive pena que ele não se tenha sentado com a Judite de Sousa a comentar esta vitória, até porque estou sem livros para ler e aguardava sempre com muita antecipação a sugestão de um livro sobre a Migração dos Milhafres da Mongólia ou o Diário de uma antiga cozinheira de Marcelo Caetano.

Percebi que o Tino de Rans teve quilos de votantes e que Maria de Belém teve votantes à sua altura. Com um bom branqueamento dentário, Tino teria ganho ainda mais votantes. Felizmente, há ainda muita abstenção. Em vez de criticarem a tamanha abstenção, agradeçam-na porque pelo andar da carruagem a próxima Presidente poderá ser a Vaca que Ri.

Percebi que António Costa congratulou Marcelo mas deu uma naifada à abstenção pela perda de sentido democrático. Ele está a referir-se à democracia que lhe valeu o lugar de Primeiro Ministro após o país não ter votado no partido dele.

Percebi que o país vai deixar de ter uma Cavaca. Isso sim, foi a derrota da noite.

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